Auto-Ajuda

O ESCRITOR É TAMBÉM EXCRETOR
Resumo
Alguns pensadores afirmam que “Escrever é um dom”; “Escrever é vocação”; “Para escrever é preciso inspiração”. Muitas pessoas procuram profissionais de renome para testar a qualidade de seus escritos. Possivelmente elas mesmas já podem ter a resposta, basta que elas se certifiquem do quanto lêem e do tempo que gastam pensando para definir e conceituar sobre o que escrevem. O presente estudo quer desenvolver hábitos para exorcizar os fantasmas do medo de não saber expressar seus pensamentos. Para tanto, o estudo analisa: a) ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. S. Paulo: Brasiliense, 1983; b) TÁVOLA, Artur da. Jornal O GLOBO, de 28/02/1999; c) PERES, Marcolino Suely. Comunicação e expressão e literatura IV. INSEP, 2006.  Para eles, o professor precisa cultivar a compaixão pelos futuros escritores. Ensinam que “A inclusão do excluído, ou a inclusão do outro”, precisa ser encarada com seriedade. Argumentar-se-á que: escrever com qualidade consiste em utilizar-se de definições e conceitos e produzir o texto. Depois, deixar o texto descansar. A pressa para revisar o texto deve ser deixada de lado. A correção do texto precisa ser implacável, sem dó, sem medo e ressentimento. Deve-se arrancar da antiga escrita o que não agrada por não especificar, discernir e facilitar a compreensão daquilo que está sendo dito. O tempo para corrigir não importa. Pode levar dias, meses, anos. Busca-se libertar para a ordem, a sensibilidade e o entendimento. O estudo conclui que: qualquer pessoa, não importa a profissão assumida ou a simples função que ocupa temporariamente, esta tem necessidade em dominar bem algumas boas formas de comunicação. Ao relacionar-se com os outros, passando-lhes suas mensagens escritas ou orais, é que o escritor percebe que ler e ler atentamente, é muito importante para falar e escrever. É no momento de colher resultados que o leitor e o excretor são o escritor. A presença de espírito, por ter a coragem de afastar os fantasmas - a preguiça de ler, a busca constante do aperfeiçoamento - fará surgir a humildade intelectual e abrirá a mente do escritor que soube excretar os negativos para a boa expressão, não importa por quais gêneros textuais e orais use. Palavras-chave: Escritor e excretor. Dom e conquista. Comunicação e resultado.
*MS em Filosofia e Dr em Educação, Administração e Comunicação, Professor de Filosofia, Sociologia e Política Educacional Brasileira na FAFIMAN.
1. Introdução
        Aprende-se que um profissional não nasce feito, apesar de que alguns pensadores defendam que o ser humano é portador de potencialidades inatas, na forma como ensinou Aristóteles. Este filósofo ensinava que algumas pessoas nascem com potencialidades diferenciadas, tais como: os dons para a música, a dança, a pintura, a escultura, o atletismo, o esporte etc. Alguns pensadores afirmam que: “Escrever é um dom”; “Escrever é vocação”; “Para escrever é preciso inspiração”. Muitas pessoas procuram profissionais de renome para testar a qualidade de seus escritos. Possivelmente elas mesmas já podem ter a resposta: basta que elas se certifiquem do quanto leem e do tempo que gastam pensando para definir e conceituar sobre o que escrevem. Desta forma, o presente estudo quer dialogar a respeito de diversas questões sobre as atividades de quem escreve.
        Diversos são os questionamentos que surgem nas salas de aula e nos ambientes onde se dialoga a respeito do “fazer escritor”. Em tais estudos podem ser questionados: o texto como produto e o texto como processo; o conhecimento dos professores que orientam os aprendizes para que desenvolvam a capacidade de pensar, de coordenar suas ideias e de elaborar um texto; o tempo necessário para a produção de um texto: da observação sobre a matéria, da abstração e da materialização das ideias que serão postas no papel; do tempo necessário para que o texto descanse e possa ser reescrito; a parceria entre aquele que extrai das fontes as ideias com aquele(s) que intermedeiam a escritura e reescritura dos textos.
        As pessoas que cultivam hábitos de filosofar, quase sempre indicam estes caminhos para os futuros escritores: a) a observação precisa aguça nossos sentidos e nos oferece grandes sensações; b) o passo seguinte das sensações é a imaginação, o saber lidar com precisão para enviar tais imagens à mente; c) uma vez criadas as imagens que foram extraídas das sensações, nossa mente faz cálculos precisos e produz o discurso mental. O passo seguinte depende da boa vontade do pensador em fazer uso do discurso verbal, através de uma das formas de linguagem e no caso do escritor, a linguagem se confirma através da escrita, com utilizações, é claro, de outros recursos.
2. A produção do texto é o resultado do discernimento e da sensibilidade sobre o objeto
        Para que o sujeito produza um texto como este que será exposto abaixo, é necessário que o mesmo vasculhe elementos materiais e espirituais. Para tanto, a natureza humana é pródiga em experimentar os bens materiais e espirituais.
        A verdadeira prodigalidade está naquilo que Kant chamou de princípios racionais apriorísticos e também de princípios empíricos a posteriori. São dois conceitos necessários para que se tenha o discernimento entre razão e fé. A lógica entre razão e fé ou entre fé e razão proporciona debates importantes, especificamente para aqueles que procuram o embasamento na espiritualidade, embora dando ênfase aos princípios materiais. Afastar-se da espiritualidade, da reserva exclusiva da metafísica, é mergulhar-se de cabeça para baixo, rumo ao centro da matéria. É desprezar o caminho da espiritualidade. É necessário analisar alguns conceitos, tais como verificamos nos princípios racionais apriorísticos e percebermos que os filósofos racionalistas (citam-se de passagem: Aristóteles, Agostinho e Tomás de Aquino) definem com clareza que a espécie humana é detentora de potencialidades naturais inatas. Para ficar mais próximo do leitor este conceito, digamos que o homem é detentor de talentos naturais que não são frutos das experiências. Tais talentos, afirmam eles, são considerados dons que a criatura humana recebeu de seu Criador. Para confirmar isto, observa-se o que afirmou Aristóteles:
A sensibilidade não é redutível à simples alma vegetativa e ao princípio da nutrição, contendo um plus que não pode ser explicado senão introduzindo-se ulteriormente o princípio da alma sensitiva, assim também o pensamento e as operações a ele ligadas, como a escolha racional, são irredutíveis à vida sensitiva e à sensibilidade, contendo um plus que só pode ser explicado introduzindo-se ulteriormente outro princípio: o da alma racional. ... Por si mesma, a inteligência é capacidade e potência de  conhecer  as  formas  puras; por seu turno, as formas estão contidas em potência nas sensações e nas imagens da fantasia ( REALE e ANTISERI, 1991, V. I. p. 201).
        Não podemos nos esquecer de que Aristóteles ensinava que o intelecto vem de fora. Mesmo vindo de fora, “ele permanece na alma durante toda a vida do homem. A afirmação de que ‘vem de fora’ significa que ele é irredutível ao corpo por sua natureza intrínseca e que, portanto, é transcendente ao sensível” (REALE e ANTISERI, 1991, V. I.. p. 202).  Por ser assim, o homem possui algo a mais que a dimensão corpórea. Existe na pessoa humana uma dimensão meta-empírica, supra-sensível, a espiritualidade. Com esta dimensão espiritual, o ser humano tem em si o divino. Não é à toa que Agostinho filosofava com profundidade, não mais sobre o homem corpóreo, o sensível, o redutível à morte física. Ele afirmava que:
(...) o homem interior é a imagem de Deus e da Trindade. ... Eis uma das passagens mais significativas a esse respeito, extraída da Cidade de Deus: ‘Embora não sejamos iguais a Deus, estando aliás infinitamente distantes dele, no entanto, como, entre as suas obras, somos aquela que mais se aproxima de sua natureza, reconhecemos em nós mesmos a imagem de Deus, ou seja, da Santíssima Trindade, imagem que ainda deve ser aperfeiçoada para aproximar-se sempre mais dele’ (REALE  e ANTISERI,  1991, V. I.  p. 439).
        Para Agostinho, a interioridade é o que tratamos anteriormente, quando afirmamos que existe algo de inato no homem. O inato corresponde exatamente à condição que Deus nos deu de sermos semelhantes a Ele. Isto fica muito claro em Gen 1, 26, na afirmação do “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Foi desta afirmação que Agostinho buscou subsídios para filosofar que Deus depositou em nossa alma centelhas de seus atributos.
        Para refletirmos sobre esta possibilidade da espiritualidade, mergulhemos nosso olhar em Lucas 26, 19-31. Trata-se do ensinamento da solidariedade, da partilha dos bens materiais. A insensibilidade do rico em não observar a fome e a miséria de Lázaro representa a falta de racionalidade. O rico não conseguia enxergar a necessidade de Lázaro porque possuía a cegueira moral, ou seja, a arrogância ostentada por suas riquezas materiais. Por ser extremamente materialista não vibrava nele a sensibilidade espiritual. O lado divino dele estava adormecido.
        Vejamos o texto de Lucas 16, 19-31, ao pé da letra:
Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas (BIBLIA DE JERUSALÉM. Lc 16, 19-21, p. 1961).       
        A descrição do evangelista retrata, de um lado, o apego aos bens materiais e, de outro, a miséria social que é causada pela má distribuição de rendas que tem garantia nas leis civis. São dois atores: o rico e o pobre. Ambos ocupam o palco do mundo. Ambos são vistos por multidões inteiras que muitas vezes não sabem distinguir as desigualdades sociais. O rico, quase sempre aplaudido, está no topo do mundo, ordenando que tudo seja feito conforme o desejo dos que ostentam as riquezas. Lázaro é a figura do pobre que é acanhado, ignorante e medroso. Representa multidões inteiras que ficam à margem da pirâmide social. Sua aparência física é desprezível, até mesmo porque cheira mal e é tido por muita gente como um imprestável, mendigo que só serve para morrer.
        A vida terrena passa. Também passam os sofrimentos e os prazeres. O evangelista separa a vida terrena da vida espiritual. É profundo em seu ensinamento de forma a resgatar o rico e o pobre na eternidade. Diz o evangelista:
Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro a seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tende piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas.’ Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo entre nós; por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós ‘(BIBLIA DE JERUSALÉM. Lc 16, 23-26, p. 1962).
        O palco do diálogo é outro, é a dimensão do Transcendente. Os atores são os mesmos, embora agora, intermediados por um juiz, Abraão. O rico está atormentado, digamos que aniquilado. Sua aniquilação é fruto de seu egoísmo, da avareza, do apego demasiado ao luxo e aos prazeres mundanos. O rico caiu no Inferno que é a aniquilação em vida daqueles que não sabem utilizar-se do potencial do entendimento e da sensibilidade. A aniquilação do rico não está simplesmente no fato deste vestir-se de roupas finas e de fazer festas. O erro dele não foi o de ter um comportamento meio (como usar roupas finas e fazer festas diárias), mas sim a condição de fazer uso indevido de bens que também são do pobre, daí o apego material, a vaidade e a avareza. Em outra dimensão estava Lázaro que se libertou da matéria e soube suportar as dificuldades sociais a ele impostas. Este Lázaro não é um pobre acomodado que não vê a exploração e a espoliação do rico. Ele é um lutador. Pelo simples fato de Lázaro estar ao lado de Abraão, indica que suas ações se pautaram em normas interiores, na dimensão maior da fé em Deus. O pobre acreditou e foi à casa do rico para estimulá-lo a praticar a caridade. Infelizmente os olhos do rico eram tomados por uma forte miopia moral. Seu entendimento estava cristalizado pelas raízes profundas apenas da corporeidade. Infelizmente aquele rico não foi sensibilizado pelo ensinamento daqueles que ensinam como o sujeito deve se educar de forma religiosa, ensinamento este fundamentado neste resumo de Agostinho: o homem interior é a imagem de Deus e da Trindade. 
        O texto produzido acima é uma demonstração que o sujeito veio para a escola dos escritores para aprender a escrever e não mais irá embora dela. O mesmo tem uma missão de produzir cada vez mais para ela, de forma a ter muitos textos produzidos, textos estes que não passam de verdadeiros processos e que aos poucos serão acordados pelo produtor e seus orientadores.
3. Considerações finais
        O produtor de textos percebe que seu trabalho é um processo contínuo. Ao produzir as diversas formas de textos, ele sabe que é o excretor dos mesmos. O sujeito que escreve tem a nítida convicção de que sua tarefa não é só produzir. Em vários momentos da produção, existem aqueles reservados para passar a limpo, eliminando os trechos e ideias que não agradam e os que contêm erros.
        Textos, os mais diversos, são produzidos para que haja sintonia entre o que se ensina na escola e o que a escola quer que o leitor e o escritor aprendam. O gênero que relatamos anteriormente é uma forma de texto de pesquisa científica, que exige do escritor aprendizado para escrever e também transmitir novidades. Se a pessoa produziu um texto para o professor ou para outra pessoa qualquer e, aquele a quem o texto foi produzido não der ao produtor o devido valor, haverá ali um forte bloqueio para o produtor. Sendo assim, a escola produz textos para que estes sejam exibidos e valorizados.
        Este artigo quer desenvolver hábitos necessários para que aquele que escreve possa exorcizar os fantasmas do medo de não saber expressar seus pensamentos; pretende reconhecer que a pressa prejudica e até faz secar a fonte do escritor. O presente estudo analisou ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. S. Paulo: Brasiliense, 1983; TÁVOLA, Artur da. Jornal O GLOBO,  de 28/02/1999; PERES, Marcolino Suely. Comunicação e expressão e literatura IV. Apostila do INSEP, 2006.  Estes afirmam que o professor precisa cultivar a compaixão pelos futuros escritores. Ensinam que “A inclusão do excluído, ou a inclusão do outro”, precisa ser encarada com seriedade. Isto implica no cumprimento constante do dever daquele que é instrutor dos vários gêneros da linguagem. A boa prática sobre escrever com qualidade consiste em utilizar-se de definições e conceitos e produzir o texto. Depois, deixar o texto descansar. A pressa para revisar o texto deve ser deixada de lado. A correção do texto precisa ser implacável, sem dó, sem medo e ressentimento. O escritor e, depois excretor, precisa arrancar da antiga escrita o que não agrada por não especificar, discernir e facilitar a compreensão daquilo que está sendo dito. O tempo para corrigir não importa. Pode levar dias, meses, anos. Importa libertar-se para a ordem, a sensibilidade e o entendimento. Qualquer pessoa, não importa a profissão assumida ou a simples função que ocupa temporariamente: esta tem necessidade em dominar bem algumas boas formas de comunicação.     
        Ao relacionar-se com os outros, passando-lhes suas mensagens escritas ou orais, é que o escritor percebe que ler e, ler atentamente, é o melhor exercício para falar e escrever. É no momento de colher resultados, que o leitor e o excretor são o escritor. A presença de espírito, por ter a coragem de afastar os fantasmas - a preguiça de ler, a busca constante do aperfeiçoamento - fará surgir a humildade intelectual e abrirá a mente do escritor que soube excretar os negativos para a boa expressão, não importa por quais gêneros textuais e orais use. 
4. Referências
A BÍBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Edições Paulinas, 1985.
ORLANDI, Eni Puccinelli.A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. S. Paulo: Brasiliense, 1983.
PERES, Marcolino Suely. Comunicação e expressão e literatura IV.Apostila do INSEP, 2006.
REALE,  Giovanni e ANTISESERI,  Dario. História da Filosofia. V. I, II e III. 2 ed. São Paulo: Paulus, 1990.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2002.
TÁVOLA, Artur da. Jornal O GLOBO,  de 28/02/1999.
Autor:*CAVALCANTI, Afonso de Sousa 
E-Mail:afonsoc3@hotmail.com
Data de Criação : 2010-05-31
 
Quem mexeu no meu queijo
Spencer Johnson. Quem mexeu no meu queijo? 21ed. São Paulo: Record, 2001.
       Ele é autor ou co-autor de numerosos bestsellers que estiveram na lista do New York Times, incluindo o seu bestseller nº1 \"Quem mexeu no meu queijo?\".
Depois de graduar-se em psicologia pela Universidade do Sul da Califórnia, Dr. Johnson recebeu sua graduação da Faculdade Real na Irlanda, e completou as habilidades médicas na Mayo Clinic e na Faculdade de Medicina da Havard.
        A história é uma metáfora a ser usada para refletir e tomar decisões quer faça referentes ao nosso emprego, a um negócio, ao dinheiro, às expectativas de mudanças de vida, à saúde, à liberdade, a um propósito qualquer.
        Para o autor, a vida é um labirinto de passagens, pelas quais nós devemos procurar nosso caminho, perdidos e confusos, de vez em quando presos em beco sem saída. Porém, se tivermos fé, uma porta sempre será aberta para nós, não talvez aquela sobre a qual nós mesmos nunca pensamos, mas aquela que definitivamente se revelará boa para nós. A história é uma proposta sem pretensão que tem no queijo a idéia principal. Diariamente o procuramos, porque acreditamos que ele nos fará felizes. Se o conseguirmos, corremos cada vez mais em busca dele, mas se ele nos for tirado, levamos um susto.   O labirinto é o lugar onde passamos nossa vida à procura daquilo que queremos. O queijo Pode ser a Universidade, outro colégio ou empresa que trabalhamos, o clube que freqüentamos, e até os relacionamentos interpessoais que dividimos. Se alguém mexe em nosso queijo, levamos um grande susto porque não estamos acostumados com mudanças. Elas são recebidas por nós com pessimismo e se elas acontecem, ficamos bravos e até destruímos relacionamentos e amizades antigas.
        O arrependimento pode ser tardio e o estrago já foi feito.
        Quando encaramos as mudanças como desafio, descobriremos que a frustração anterior foi sem razão de ser. As mudanças inesperadas podem ser estressantes, a menos que tenhamos um modo de encará-las, que nos ajude a compreendê-las.
        A obra Quem mexeu no meu queijo? Afirma que quem consegue se adaptar, será recompensado.
        A História é assim sintetizada:
        Havia 4 personagens que enfrentavam o desafio do labirinto à procura de queijo que os  fizesse felizes e ao mesmo tempo os alimentasse para que pudessem sobreviver.Dois eram ratos e dois eram homens minúsculos, tão pequenos quanto os ratos, mas eram pessoas e agiam como elas.
        Os homens: Hem e Haw.  Os Ratos: Sniff e Scurry. Ambos possuíam algo em comum:todos as manhãs vestiam roupas de correr e tênis, saíam de suas casas e corriam pelo labirinto à procura dos queijos favoritos. O labirinto era um emaranhado de corredores e divisões e com muita comida. Nem tudo era maravilhoso, pois havia cantos escuros e becos sem saída. Os corredores tornavam-se lugares fáceis para se perder. Neste labirinto havia segredos que possibilitavam aos quatro viventes ter uma vida melhor.        Os ratos usavam o método do acerto e do erro, para encontrar o queijo. Corriam pelo corredor, e se estivesse vazio, viravam-se e corriam por outro. Hem e Haw,  usavam sua habilidade de pensar e aprender com experiências. Contavam com seus cérebros para desenvolver métodos sofisticados de encontrar Queijo. As crenças e emoções, quase sempre os atrapalhavam em poder ver e entender bem as coisas.
        Sniff, Scurry, Hem e Haw – descobriram, por seus próprios meios, o que estavam procurando. Todos chegaram no posto c. Posto do comodismo. Diariamente ratos e homenzinhos vestiam-se e rumavam ao Posto C. Estabeleceram uma rotina, festejando sempre o queijo. Os homenzinhos acreditavam que o Queijo estaria sempre à disposição, levantavam mais tarde e não tinham pressa para chegar ao seu destino, afinal, o queijo estava lá. Viviam no comodismo. Diziam sempre: Isso é ótimo, há queijo suficiente para nos alimentar para sempre.  Hem e Haw dizimam que o Queijo era bom e que eles eram seus merecedores. A vida tornou-se rotina: comer, dormir, confiantes na riqueza. Com o tempo a confiança virou arrogância e passaram a se sentir tão tranqüilos que nem perceberam o que estava acontecendo.
        Os ratos não agiam do mesmo modo, pois chegavam, farejam, arranhavam o queijo e corriam inspecioná-lo, para saber se havia mudanças desde o dia anterior. Só então se sentavam para comer. Eles percebiam que o estoque de queijo estava diminuindo, até que num determinado momento, ao chegarem ao Posto C, o queijo havia desaparecido. Não ficaram parado, mas sim saíram à procura de um novo queijo.        Hem e Haw ficaram irritados com a falta de queijo e reclamaram muito dizendo que aquilo era uma injustiça, pois eles mereciam um queijo bom. Para alguns encontrar Queijo é ter coisas materiais. Para outros é ter boa saúde, ou uma sensação de bem-estar espiritual. Todos aspiram em ter um queijo. Para os dois homenzinhos, significava sentir-se seguro, próspero, capaz de manter uma família feliz. Haw teve uma crise de depressão e pensava: o que aconteceria amanhã? Fizera planos para o futuro baseado naquele Queijo... Os dois homenzinhos foram prepotentes em dizer que os ratos eram apenas ratos e que eles sim eram merecedores de um bom queijo. E
        Não estava na mente daqueles homens a condição de mudar, pois pensavam que fossem homens especiais. Ficaram bom tempo sem decidir o que fazer, enquanto os ratos já estavam bem longe... Sniff e Scurry vasculhavam os corredores do labirinto. Durante algum tempo nada encontraram, até que finalmente no Posto N, chiaram de alegria. Depararam com o maior estoque de queijo que haviam visto.
         Hem e Haw ainda permaneceram no Posto C, culpavam-se mutuamente pelo que acontecera. Haw sugeriu sair pelo labirinto. Negavam para si o que estava acontecendo e continuavam naquela rotina: iam para o Posto C e voltavam frustrados para sua casa. Quase não tinham o que comer e seus lares antes tão acolhedores e passaram a ser vistos como as coisas mais feias da vida.
        Haw não desistiu de lutar e por várias vezes entrou para correr no labirinto. Encontrou pedaços de queijo. Voltou para o amigo e trouxe para ele alguns pedaços de queijo. Aproveitou e escreveu nas paredes frases interessantes que externavam esperanças e preocupação com o amigo. São frases belas como esta: “Quando você muda suas crenças, pode mudar o que faz.”  Decidiu que ficaria mais alerta daí em diante. Esperaria as mudanças, mas atento para isso. Acreditaria nos seus instintos básicos para sentir quando a mudança estava prestes a ocorrer e ficaria preparado para se adaptar a ela. que pôde. Ao entrar, notou que alguém já havia passado por ali e comido o queijo. “Por que demorei tanto?”
        Haw percorreu o labirinto e alcançou o posto n. Lá encontrou uma montanha enorme de queijo. Viu ali os ratinhos de barrigas cheias.  Ergueu um pedaço de queijo e propôs aos amigos: Viva a mudança! Sniff e Scurry eram outro exemplo. Com a simplicidade de suas vidas, não analisavam ou complicavam as coisas. Bastou faltar queijo que eles foram atrás de outro. Não se ligaram demasiadamente ao passado.
        Haw usou de seu cérebro para refletir sobre estes ensinamentos:
        Ter consciência da necessidade de simplificar a vida, ser flexível e se mover rapidamente.
        Deixar de lado as crenças assustadoras.
        Observar as pequenas mudanças e se preparar para as maiores.
        Adaptar-se mais rápido àquilo que está acontecendo.
        Não dizer que não gosta daquilo que não conhece.
        Usar o tempo como aliado.
        Admitir que o maior obstáculo à mudança está dentro de cada um, e que nada melhora enquanto a pessoa não muda.
        Percebeu que sempre há UM NOVO QUEIJO em algum lugar e que ele é a recompensa quando se vence o medo, sabendo que um pouco de medo pode evitar o risco real.
        Haw ouviu o que achou ser um som de passos. Percebeu que alguém estava chegando, Poderia se Hem?
       Fez uma pequena oração e esperou. Talvez, finalmente, seu amigo tivesse sido capaz de...
        Quem leu atentamente a história pode perguntar se isto seria o fim ou um novo começo?
        Para quem leu a história com atenção pode perguntar: isto é o fim ou um novo começo?

Autor:Afonso de Sousa Cavalcanti
E-Mail:afonsoc3@hotmail.com
Data de Criação : 2009-06-06
 
Risquemos o "não" de nossa vida.
 (Paulo de Oliveira)
Está provado que nossas ações são comandadas pelo cérebro e que, conforme as informações que passamos para ele, assim vai ser nossa maneira de levar a vida, de forma eficiente, bem sucedida ou não.
Por isso se colocarmos na cabeça a idéia, por exemplo, de "vou  arranjar um emprego", temos grande chance de que esse desejo se realize, porque nosso cérebro nos enviará ordens como "busque informações, converse com quem pode dar-lhe dicas onde estão precisando de empregados, faça seu currículo, levante cedo, compareça à entrevista, preste atenção no entrevistador " etc., etc.
Entretanto o que em geral acontece é vivermos dizendo "não!", "não!" e "não" é como zero à esquerda, não vale nada, não tem força. Por isso quando dizemos "não consigo" não é que vamos agir contra o que desejamos lutando contra nosso próprio sucesso, é que vamos deixar de agir a favor do que desejamos, vamos deixar de lutar a favor de nossa vitória. Ao dizer "não consigo arranjar emprego", a pessoa não se motiva a buscar informações sobre onde estão precisando de profissionais, não faz seu currículo, não encaminha seu currículo, perde entrevistas e se faz o currículo, não o faz com capricho; se vai à entrevista, não se prepara, não se concentra. Dizer "não" prejudica a criatividade, impedindo-nos de encontrar boas soluções e melhorar nossa vida, fazendo-a mais interessante.
Então como agir? Tiremos os "não’ de nossa vida, risquemos os "não" do nosso linguajar: não consigo, não dá, não posso, não tem jeito, não vai dar certo, não adianta, não mereço, não sei, isto eu não faço, não gosto, não acredito, não é possível. Há pessoas a quem nem bem se dá uma sugestão, elas já vêm com a frase: não dá! Com essa disposição nada vai ser possível mesmo!
Pensar tem impacto, influi na ação, de modo que se pensamos e imaginamos positivamente, nossas ações muito possivelmente vão ser positivas, ou seja, vão dar resultados.
E um fato interessante: nossa postura positiva atrai para nós o comportamento positivo das outras pessoas. Explico: se pratico postura positiva, me vestindo bem, falando corretamente, demonstrando modos educados e, principalmente, expressando frases, sentenças, pensamentos positivos como "claro que vai dar certo", "hei de conseguir", "eu posso", "é fácil", as pessoas se entusiasmam conosco e se dispõem a colaborar, ajudando-nos a ter o sucesso que pretendemos. Mas se somos sempre negativos, desconfiados, incrédulos e pessimistas quanto a qualquer possibilidade de sucesso, ninguém vai nos ajudar e sequer vai querer estar com a gente, porque o negativista é antipático e ninguém quer ter em sua companhia alguém chato e antipático.
Mudemos nossa maneira de falar, evitemos o "não", vamos falar sempre positivamente.
Autor:Paulo de Oliveira 
E-Mail:paulopoliv@hotmail.com
Data de Criação : 2007-09-14
 
DICAS PARA O SUCESSO
“Defeitos não fazem mal quando há vontade de os corrigir.” Esse pensamento que li em algum lugar, dizem, foi Machado de Assis que o expressou.
Mostra que: 1º) não somos perfeitos; 2º) podemos nos livrar dos defeitos, se quisermos e, assim, evitar que nos sejam prejudiciais.
Não nascemos nem bem nem mal sucedidos; podemos, porém, nos garantir o sucesso se corrigirmos as inevitáveis falhas que carregamos, como criaturas que somos, incompletas, mas em constante construção física, moral e espiritual. Ter vontade de corrigir é cultivar a atitude de ouvir, informar-se, aprender aquilo que pode ser uma sugestão, uma orientação, um ponto-chave, capazes de revelar os segredos que nos ensinam como agir com correção e dar passos certos em direção à nossa própria auto-realização.
Por dois anos e meio difundi através do rádio 'dicas' que pretendem ser essas sugestões, orientações, pontos-chave a vislumbrar até onde é possível conquistar o sucesso e desfrutar de uma vida realizadora, significativa e feliz. E quero aproveitar agora este espaço para partilhar com vocês essas idéias.
O PENSAMENTO POSITIVO
Muita gente pergunta se o pensamento positivo funciona. Pensamento positivo é o mesmo que expectativa positiva, acreditar, esperar que as coisas aconteçam como desejamos, que tudo termine bem. É o contrário do negativismo, que é a predisposição de achar e esperar que tudo vai dar errado.
Se o pensamento positivo funciona? Depende. Só funciona com as coisas sobre as quais temos controle. Não temos controle sobre o clima, de modo que não adianta torcer para que não chova, porque vai chover, se o tempo estiver carregado e nuvens pesadas estiverem acima de nossas cabeças. Temos controle sobre nós mesmos e também sobre as pessoas; somos capazes de nos influenciar e de influenciar o comportamento dos outros. O pensamento positivo funciona e é útil.
Nossas ações acontecem a partir de comandos que vêm do cérebro, mas para isso temos que informá-lo positivamente. Se me ponho a pensar que tudo vai dar errado, é provável que vá sair tudo errado mesmo, mas se acho que vai dar certo é quase certo que vai dar certo mesmo. Tal fato foi cientificamente comprovado. Que acontece? Se me ponho a pensar que vai dar errado, meu cérebro não me ordena nenhuma ação, acabo não tomando a providência ou a decisão necessária. Aí as coisas não saem como deveriam sair.
Um exemplo: você acha que não vai passar naquele concurso, e fica enfiando na cabeça coisas negativas como 'é muito difícil', 'isso não é para mim', 'não vale a pena tanto esforço'. Você colocou tanto 'não' dentro de seu cérebro que ele não reage, não lhe dá nenhum comando positivo. Isso faz com que você não se motive a estudar, a levantar cedo para poder aprender. E quando tenta estudar, não tem concentração... por quê? Por causa desses pensamentos negativos que tiram a sua disposição. Não estudando, não aprende e não sabendo, não pode responder nem resolver as questões da prova. Assim não passa. E o pior é que você ainda diz 'Não falei que não dava, que não conseguia?!' Mas o fato é que na ocasião em que você achou que não conseguiria passar, isso não era verdade, porque você estava em igualdade de condição com os outros candidatos que também não estavam sabendo. Mas eles estudaram, aprenderam e puderam responder e resolver as questões, por isso passaram. O mesmo você devia ter feito.
Ao achar que é possível conseguir, concretizar alguma coisa, todo o seu ser (corpo, emoções, mente etc.) se energiza, seu cérebro lhe diz 'faça isso', 'faça desse modo; faça daquele jeito'... e você age e porque age, as coisas acontecem, não é mágica, nem milagre, é ação. Nada acontece do nada. Se você nada faz, nada vai acontecer.
Nesse sentido o pensamento positivo funciona e é uma técnica que precisamos aprender e praticar para sermos realizadores, bem sucedidos.
Autor:Paulo de Oliveira
E-Mail:paulopoliv@hotmail.com
Data de Criação : 2007-07-30