Beato Pedro Romero Espejo

Beato Pedro Romero Espejo

Beato Pedro Romero Espejo (1871-1938)".

Nasceu em 28 de abril de 1871, em Pancorbo, Província de Burgos. Sua família, profundamente cristã e caritativa, percebeu sua inclinação para a vida sacerdotal e religiosa, o que a levou a por Pedro para estudar latim com um professor da aldeia. Isto lhe permitiu adiantar alguns cursos quando ingressou no seminário Redentorista de El Espino, em princípios de 1886. Professou como Redentorista em 24 de setembro de 1890 e recebeu a ordenação sacerdotal em 29 de fevereiro de 1896. Durante os primeiros anos de sua vida sacerdotal se dedicou inteiramente ao ministério das missões, coisa que foi decrescendo pouco a pouco. “Devido ao seu modo de ser, excessivamente estreito de consciência, teve que se relativamente cedo da vida ativa. Por outro lado, não contava tampouco com grandes qualidades para o púlpito. Como não era tolo e sabia do motivo de sua reclusão, sofria de verdade.” Segundo o testemunho de um companheiro seu, o Beato Romero foi “sério juvenista, sério noviço, sério clérigo-estudante, sério padre e missionário sério. Religioso observantíssimo da Regra, amantíssimo da pobreza. Jamais se lhe ouviu falar menos retamentedeum confrade. Consigo sempre foi muito austero”. Ao eclodir a revolução, Beato Romero abandonou o convento à força e se refugiou com as irmãzinhas dos Pobres. No Asilo, era um ancião a mais. Ali estava contente porque podia seguir sua vida de convento: celebrava Missa, rezava o breviário, de vez em quando saía à rua para exercer o ministério. Quando o Asilo caiu sobre o controle da CNT, teveque sair. Algum tempo depois, ingressa na Casa de Beneficência, porém não podendo escutar as blasfêmias que martelavam seus ouvidos, foi embora dizendo que preferia morrer na rua. Desde então os vizinhos de Cuenca puderam contemplar uma estampa estranha: a de um frade mendigo, mais do que um pedinte. Alguém que passava pelas ruas com sua aparência molambenta, sua blusa escura, sua manta de quadros negros e azuis e a bolsa na qual guardava alguma roupa, os objetos piedosos e os pedaços de pão que recolhia. Todo o mundo sabia que era religioso. Muitos lhe conheciam pessoalmente. Não se envergonhava de levar a descoberto o breviário, o rosário e o crucifixo. Recusou diversos oferecimentos que famílias amigas lhe fizeram de recolhê-lo; não queria compromete-las e, além do mais, assim estava mais livre para exercer o apolstolado. Com sua saúde alquebrada, chegou a pensar na prisão como um benefício. Em maio de 1938 ele a conseguiu ‘por desacato ao Regime’. Estava num estado de verdadeira miséria. Felizmente, ali encontrou um verdadeiro anjo da guarda, na pessoa do jovem Gabriel Lozano, sacristão de Rubielos e, mais tarde, Irmão Coadjutor Jesuíta. Assistido dia e noite por este jovem, por umagostiniano de Zamora e por D. Trifón, Vigário Geral da Diocese, foi consumindo-se lentamente, até que expirou nos braços do jovem Gabriel Lozano. Era o dia 4 de junho de 1938.