VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

27/08/2015 10:54

GRITO DOS EXCLUÍDOS

Vida em primeiro lugar

QUE PAÍS É ESTE, QUE MATA GENTE, QUE A MÍDIA MENTE E NOS CONSOME?

O Grito dos Excluídos/as, que se realiza anualmente no dia 7 de setembro em todo o Brasil, chega à sua 21ª edição. Em 2015, o lema questiona “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?” e chama a atenção para a situação de violência que afeta sobretudo as juventudes das periferias, bem como alerta para o poder que os meios de comunicação exercem na manipulação da sociedade. Eixo trabalho Embora a classe trabalhadora seja sujeito de fundamental importância no desenvolvimento da nação, historicamente é alvo vulnerável de violação de direitos e da exploração do capital. Violação e exploração que se concretizam nas condições precárias de trabalho e na falta de acesso aos direitos básicos da família, como educação, saúde, moradia, lazer, levando milhões de brasileiros à exclusão social. Na última década houve avanços no Brasil, como a redução dos índices de desemprego; facilitação de crédito e incentivo ao consumo; implementação de políticas de distribuição de renda que contribuíram para que o país saísse das primeiras posições no mapa mundial da miséria. No entanto, é sabido que o capitalismo se reorganiza no mundo, o que exige organização dos trabalhadores por seus direitos, bem como reformas estruturais que possam transformar essas melhorias em mudanças. Até porque, mesmo com a inclusão de milhões de excluí- dos e excluídas, direito reservado até então para uma pequena elite, não houve ruptura com as estruturas que geram desigualdades sociais, e consequentemente sem tetos, famintos, sem terras, sem escolas, sem transporte, sem serviços dignos de saúde, enfim. (...) Direitos básicos A luta pela dignidade humana vai além da luta pelo trabalho/ emprego, ou pelos direitos trabalhistas. O conflito capital-trabalho perpassa todos os direitos dos trabalhadores/as. É preciso promover o trabalho para além da produção e geração de renda; deve ser fortalecido enquanto um ato político, e que os/as trabalhadores/as ajudem a determinar os rumos da sociedade. Neste sentido, se faz necessário unir todas as pessoas na luta por garantia de direitos trabalhistas, sociais, pela garantia ao acesso à saúde pública, à educação pública e de qualidade, ao direito a moradia digna, salário e emprego, ou seja, direitos básicos é mais um dos eixos que norteiam o Grito dos Excluídos deste ano e cabe a todos nós exigir que o Estado assuma suas responsabilidades na garantia de direitos básicos dos seus cidadãos e cidadãs.

(MJ/Pontifícias Obras Missionárias)